De lá pra cá muitas coisas novas aconteceriam.Estava grávida,vou ser mamãe, isso mesmo! As coisas aconteceram de repente, me pegou de surpresa, as circunstâncias não são nada boas, estou solteira, tenho uma faculdade em andamento que eu vou ter que parar por um tempo, os meus planos para trabalhar serão adiados, a situação é nada estável. Mas estava aqui, tentando superar esse momento difícil, e transformá-lo em alegria, pois uma vida nova estava por vir :) O pai do meu filho é uma pessoa que eu amo,mas infelizmente não estamos juntos. Ao saber da minha gravidez, ele engatou'. Enfim, as vezes a gente se falava por telefone ou MSN, ele veio aqui algumas vezes me visitar, tentamos ter uma relação amigável... ! É... tá sendo complicado essa nova fase da minha vida, não desejo uma gravidez assim nem para o meu próprio inimigo, sinto-me carente, sozinha, falta de um amor. Eu tinha tantos planos,sonhos, eu que dizia não atropelar etapas, eu que queria ficar,namorar,casar, ter filhos nessa ordem, caí nessa cilada'. Mas acredito que nada na vida acontece por acaso, nada acontece sem a permissão de Deus, não quero ficar contestando ou questionando o que aconteceu, sei que há um motivo ,uma razão por trás de tudo isso que Deus irá me desvendar aos poucos. Sinto que as ligações do pai são mais para fazer a parte dele, quando penso eu que é um papel mínimo e não compensador. O peso dessa gravidez caiu muito mais em cima de mim do que dele. A vida dele continua, fazendo as coisas que gosta, sem restrições, tendo a possibilidade de viver um novo amor, enquanto eu sofro as consequências de um ato que eu não tomei sozinha.A minha vida ja mudou tanto...!Páro e penso, será que estou preparada p criar um filho?!é algo tão sério, é algo que eu vou carregar pro resto da minha vida. E nessa caminhada, é tão ruim está sozinha. Carregar esse peso sozinha tem sido sofrido. E pensando mais, essa gravidez vai me ligar ao pai do meu filho para sempre, se antes eu poderia fugir, sumir para esquecer, agora vai ser um cotidiano sacrificante, pois quando a criança nascer, terei que ver sempre ele, não poderei sumir, nunca mais olhar na cara dele. Antes eu era objeto que podia ser usado, pois eu era presa' fácil(porque eu amava), foi preciso uma consequência maior,uma gravidez, para eu deixar de ser objeto e passar a ser algo a ser desprezado,por não ser mais útil a sua satisfação de prazer. Achou que a mesma fonte de prazer,o seu objeto não seria capaz de gerar uma vida,um ser humano?! a consequência foi a prova maior que não sou objeto,sou sujeito com sentimentos e dom de vida.E continuo não sendo valorizada, sendo sujeito, e carregando outro sujeito. Das minhas lágrimas, constrói-se um castelo de areia tão fácil de ser derrubado.O meu sopro será o amor.
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