segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mãe é mãe e solteira é um estado de espírito !

Para falar a verdade, eu cresci com uma certa implicância na expressão, ou denominação, não sei ..”mãe solteira”. Como a minha mãe se casou e em seguida se separou e de certa forma eu percebia que ela tinha vergonha disso. Parecia uma coisa pesada, negativa, que trazia um certo sofrimento. Acho que era algo que se procurasse no dicionário seria “mãe solteira”- criatura destinada a cuidar de um filho sozinha, ser mãe e pai, ser discriminada pela sociedade. O que falar de mim ? Nossa, acho que ainda seria pior. Eu era a conhecida “filha única de mãe solteira”. O pior de tudo. Toda vez que alguém falava isso era para descrever que não teria mais filho, como somente aquele cidadão que engravidou a primeira vez a tal “criatura” pudesse fazer outra criança nela.
Como assim?? Para tudo!! Primeiro, mãe é mãe, solteira, separada, casada, mal casada. Acho que hoje em dia, realmente a visão já mudou um pouco. Pelo menos, nos grandes centros, onde as atrizes, empresárias e demais mulheres independentes anunciam que terão um filho do “namorado”, ou até quem sabe de um amigo. Marido, no meu caso de um amigo? Não nem sempre é necessário. Acho mais jogo ter um pai, que mesmo em outra casa, ame sua cria, visite, cumpra com seus deveres.
Bem, existe aquele caso também de pai desconhecido, que não vê, pede o DNA vendo que a criança é sua cópia e no máximo só liga para encher o saco e fazer cobranças do tipo. “ Esse garoto está magro, acho que você não dá mamadeira na hora certa”. Legal não é ? Muitas vezes até vem aquela vontade de perguntar: “ Realmente não dou mamadeira para ele e você tá dando leite para quem enquanto eu acordo de noite para ver se ele está com febre? Enfim, esse pai desconhecido é melhor que fique desconhecido mesmo de uma tal forma que se ele te cumprimentar no meio da rua você olhe e fale: “ Vem cá?? Te conheço?”
Agora tenho que falar um pouco como filha também. Pai faz falta. Eu senti, confesso. Ter um filho sozinha por opção, tudo bem. Só que falando como filha, eu não iria privar a criança se realmente o pai desejasse ver, beijar, levar para passear no domingo. Eu tive uma figura de pai através de uma mulher, minha avó. Ela é quem dava as ordens na casa, gerenciava o dinheiro, era a tal figura forte. Parece que realmente existe sempre um espírito paterno que se aproxima e protege. Afinal de contas, como falam Nossa Senhora é a mãe de Jesus e Deus é nosso pai. Então sempre teremos um pai.
Agora …mãe não é solteira ou casada. Mãe é colo, intuição e um amor cheio de erros e acertos. 
Beijos

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